terça-feira, 5 de junho de 2012

ATIVIDADE DE LACTATO DESIDROGENASE COMO FATOR PROGNÓSTICO DE NEOPLASIAS EM CÃES


Eveline Simões Azenha 1, Márcia Ferreira da Rosa Sobreira 2, Roberta Vanessa Pinho Casale 3 Davi Rafael Dias 4, Manuela Cristina Vieira 5


1.Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, da Universidade Camilo Castelo Branco, Campus de Descalvado, SP.( e- mail: eveline.azenha@gmail.com; endereço para correspondência: Rua H, 50 – Recreio Internacional, Ribeirão Preto SP, CEP 14094-588)

2. Professora Doutora do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Camilo Castelo Branco, Campus de Descalvado, SP.

3. Professora do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Camilo Castelo Branco, Campus de Descalvado, SP.

4. Aluno do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, da Universidade Camilo Castelo Branco, Campus de Descalvado, SP.

5. Doutoranda em Cirurgia Veterinária – FCAV/UNESP, Jaboticabal (SP)


Segundo GLANNOULAKI et al. (1989) um fator bem caracterizado de crescimento tumoral está associado a alterações em atividades de enzimas e isoenzimas nos tecidos do hospedeiro. A Lactato Desidrogenase (LDH) é um dos sistemas enzimáticos preferencialmente produzidos por células neoplásicas.

Vários estudos clínicos têm sido realizados tentando estabelecer o papel do nível sérico de LDH como marcador inespecífico de atividade tumoral e seu papel como fator prognóstico independente de outros parâmetros clínicos. Desta maneira, o nível sérico de LDH ao diagnóstico, por ser um método laboratorial simples, embora não específico, parece ser um bom marcador de atividade tumoral.


Na presente proposta de trabalho pretendeu-se avaliar o comportamento da enzima LDH em cães portadores de neoplasias malignas e benignas, observar se ocorre variação da sua atividade e assim, instituir a dosagem LDH como um marcador prognóstico bioquímico na clínica oncológica de cães.


Foram analisados todos os cães portadores de diferentes tipos de neoplasias nas mais diversas localizações, graus de estadiamento e tempos de existência, trazidos ao Hospital Escola Veterinário da Universidade Camilo Castelo Branco, Campus Descalvado, SP, durante o período de julho de 2010 a maio de 2011.


Os cães foram selecionados após avaliação clínica e confirmação através de exame citopatológico e ou histopatológico. Eles foram divididos em três grupos assim distribuídos; Grupo 1: cães com diagnóstico de neoplasia benigna; Grupo 2: diagnóstico de neoplasia maligna; Grupo 3: cães sadios (grupo controle – n=20).


Para a realização da determinação sérica de lactato desidrogenase colheu-se sangue total. Após, as amostras foram centrifugadas, e as dosagens foram feitas com o auxílio de kits comerciais, por método cinético de conversão piruvato-lactato e leitura em analisador bioquímico.


A tabela a seguir mostra as médias e respectivos desvios-padrão dos níveis de LDH sérico (U/L) em pacientes da espécie canina portadores de diferentes tipos de neoplasias (benigna- G1 ou maligna- G2 e animais sadios - G3), obtidos durante o período de julho de 2010 a maio de 2011.


A Distribuição dos valores de lactato desidrogenase sérica (U/L) de cães com neoplasias benignas - G1 (n=20), malignas - G2 (n=20) ou sadios (n=20), pode ser observado no gráfico a seguir.




Nossos resultados demonstram elevação na concentração sérica de LDH em pacientes portadores de neoplasias malignas e benignas, quando comparados aos níveis dessa enzima em cães sadios, porém, não houve diferença significativa entre os grupos G1 (neoplasias benignas) e G2 (neoplasias malignas). Por ser um método laboratorial simples, mesmo que não específico, parece ser um bom marcador de atividade proliferativa tumoral, já que foram diferentes entres os grupos de cães com neoplasias (G1 e G2) e o grupo controle de cães sadios (G3).










Nenhum comentário:

Postar um comentário