Bom-dia aos leitores, conforme havia escrito na postagem anterior, irei atualizar o blog com a revisão de literatura sobre SERTOLIOMA, pois essa neoplasia causa hiperestrogenismo, o que predispõe ao desenvolvimento de carcinoma mamário em cães machos. Boa leitura!
Paulo Cesar Gonçalves dos Santos
Professor de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina Veterinária de Garça-SP FAMED/FAEF
Geovana Thaís Angélico
Aluna da Faculdade de Medicina Veterinária de Garça-SP FAMED/FAEF
Blomm (1954) e Kirk et al.(1966), assinalam que os tumores de testículo em cães são comuns e ocasionalmente malignos ocorrendo com maior frequência em animais com idade acima de cinco anos, ficando atrás somente das neoplasias de pele e do tecido conjuntivo (HERRON, 1983; SUESS et al.; 1992; ARCHBALD et al.; 1997; MORRISON, 1979).
REIF e BRODEY (1969), verificaram que dos 108 tumores de células de Sertoli estudados, 58 (53,7%) encontravam–se em testículos criptorquídicos, esclarecendo ainda que, dos 58 sertoliomas analisados, 34 encontravam –se na cavidade abdominal e outros 24 na região
HAYES e PENDERGRAS (1976) e JONES et al. (2002), relataram que as raças
Em estudos realizados por CROW (1980), verificou-se que aproximadamente 10% dos
tumores de células de sertoli são malignos com metástase para os linfonodos inguinais, ilíacos
tumor de célula de Sertoli desenvolvem síndrome de feminização.
O excesso de estrogênio em cães com tumores de células de Sertoli relatou BRODEY
(1958), pode causar uma depressão da atividade da medula óssea com resultantes sinais
Esses tumores frequentemente causam um aumento do testículo afetado e existe em
alguns casos, o desenvolvimento da síndrome de feminização (LIPOWITZ et al., 1973), c
NIELSEN (1974), descreve histologicamente dois padrões principais de tumor das células de Sertoli. A forma intratubular, onde a maioria dos tumores exibe túbulos bem formados separados por septos de tecido conjuntivo. As células tumorais são múltiplas camadas dos túbulos e estão geralmente arranjadas com seus longos eixos perpendiculares à membrana basal, as células no centro do túbulo podem tornar–se separadas.
MOULTON (1990), histologicamente o tumor de células de Sertoli é constituído por células tumorais paliçadas, são longas e fusiformes, com prolongações citoplasmáticas finas e bordas celulares indistintas. Os núcleos são pequenos, hipocromáticos, alongados, redondos e
Segundo NIELSEN (1990), a forma difusa é encontrada nos tumores malignos, sendo mais infiltrativos com menos tendência a permanecer nos túbulos. As células tumorais podem invadir a túnica albugínea, rede testicular, epidídimo e mesmo a pele escrotal, linfonodos e veias locais
Como uma das mais comuns neoplasias em cães, o tumor da células de sertoli atinge
as células germinativas nos testículos de cães, resultando sinais clínicos de alta concentração
iptorquidas uni ou bilateral.
Paulo Cesar Gonçalves dos Santos
Professor de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina Veterinária de Garça-SP FAMED/FAEF
Geovana Thaís Angélico
Aluna da Faculdade de Medicina Veterinária de Garça-SP FAMED/FAEF
Blomm (1954) e Kirk et al.(1966), assinalam que os tumores de testículo em cães são comuns e ocasionalmente malignos ocorrendo com maior frequência em animais com idade acima de cinco anos, ficando atrás somente das neoplasias de pele e do tecido conjuntivo (HERRON, 1983; SUESS et al.; 1992; ARCHBALD et al.; 1997; MORRISON, 1979).
inguinal, sendo afetado com maior freqüência o testículo direito.
LIPOWITZ et al. (1973) r
elatam também que certas
raças, principalmente a Boxer, apresentam uma incidência comparativamente maior de todos
os tipos neoplásicos.
Sheepdog e Weimaraner são propensas ao desenvolvimento de tumores de célula de Sertoli,
já os de raça Pastor Alemão ao desenvolvimento de seminomas.
tumores de células de sertoli são malignos com metástase para os linfonodos inguinais, ilíacos
e sublombares, para os pulmões, fígado, baço, rins e pâncreas. Seminomas são usualmente
benignos, embora ocorra metástase em locais semelhantes aos descritos nos tumores de
células de Sertoli. O autor verificou ainda que aproximadamente 25% dos cães portadores de
O excesso de estrogênio em cães com tumores de células de Sertoli relatou BRODEY
(1958), pode causar uma depressão da atividade da medula óssea com resultantes sinais
clínicos de hemorragia causada por trombocitopenia (anemia causada por perda de sangue ou
produção diminuída de eritrócitos).
alguns casos, o desenvolvimento da síndrome de feminização (LIPOWITZ et al., 1973), c
aracterizada clinicamente por alopecia simétrica bilateral e hiperpigmentação cutânea, atrofia
do testículo contra lateral e pênis, hiperplasia prostática, perda da libido e atração de cães
machos pelo animal acometido mimetizando uma fêmea no cio (MORRISON, 1979;
EDWARDS, 1981; FADOK et al., 1986; LADDS, 1993; ARCHBALD et al., 1997).
ovais e coram–se levemente basofílicos. O citoplasma é vacuolizado e grânulos de pigmentos
lipocrômicos nas células tumorais são frequentes. Em algumas áreas as células neoplásicas
intratubulares derramam para fora dos túbulos para o estroma, formando cordões infiltrantes
sólidos ou tapetes amplos.
são frequentemente invadidas. As células são mais irregulares no tamanho e forma e são
redondas, poliédricas ou ovóides mais do que alongadas ou fusiformes.
as células germinativas nos testículos de cães, resultando sinais clínicos de alta concentração
de estrogênio. Possui comportamento benigno, porém em alguns casos pode apresentar-se
maligno, manifesta-se com alta incidência em animais mais velhos e também em animais cr
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